quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Crise sugestionada

Mais uma vez dentro da tempestade. A tempestade de pensamentos, e memórias, e palavras, e sinos, e músicas, e cheiros, que me destróem.
Me separam da minha essência, tiram a minha estabilidade e me arrasta para dentro de um lugar escuro, vazio, frio, onde a existência não passa de um mero detalhe.
Tantos sentimentos formam as paredes desse lugar escuro. Sentimentos que não consigo ver, mas que estão lá, parados, estáticos, me impedindo de prosseguir. Me impedindo de respirar, me impedindo de viver.
Eu gostaria de saber o que move as pessoas ao meu redor. Qual a paixão delas? O que faz com que elas se sintam impelidas a agir. Será a repetição? Será paixão por alguma coisa? Ou a busca por um alvo que só eles sabem? Será somente a simples vontade de não ficar parado, algo para evitar o tédio e o ócio, ou é algo mais além disso?
Existe alguma verdade em tudo? Se tudo é sugestão, e essa sugestão vem de antes de nós, porque nos mantemos atados a esta sugestão? A crença do coletivo de que existe uma parede que separam os cômodos de uma casa poderia impedir que uma pessoa diferente a ultrapasse? Alguém que não crê nesses conceitos, nessas sugestões, nesses padrões, deveria ser limitado por anos, décadas, séculos, milênios de crenças de que existe um ponto que nos limita?
Digo, porque deveríamos ser limitados por nossos sentidos, quando há tanto mais para se ver, para se crer, para viver, entender, experimentar? Seríamos nós somente um amontoado de células que se reproduzem até determinado momento, para, a partir de então, começar a morrer, levando ao falecimento do corpo físico?
E, novamente, se somos só um amontoado células, porque deveríamos manter o mundo em movimento se, ao morrermos, poderemos nunca mais ser lembrados como os grandes pensadores e realizadores da história?
Eu ainda busco a palavra essencial, aquela que está faltando em todo o meu vocabulário, que me faça entender toda essa ópera caótica que é viver, que é respirar, que é sofrer, que é tomar dos outros o sofrimento e fazer disso algo meu, justamente porque é torturante demais permitir que outra pessoa sofra.
Se existe um universo dentro de mim, estou eu em uma fase de "supernova", explodindo, dando fim a tudo para um novo começo? Ou será que cheguei ao limite de minha expansão, e agora o que me resta é somente ver minhas células morrerem, até que eu não tenha mais reação alguma, vire um vegetal, ou só mais um corpo enterrado a sete palmos?
Não estou sozinho no mundo. Mas sei que, no meio de tantas pessoas que se aglomeram ao meu lado, eu estou sim, solitário. E sei que há outras pessoas passando pelo mesmo momento que eu, e sentindo tão só quanto eu me sinto agora. Então, deveríamos nos ver, não acha? Em algum plano astral ou metafísico, eu deveria encontrar essas outras pessoas solitárias, e me sentir menos abandonado.
Mas a mente não nos permite. Acho que estamos sim solitários, mas cada um limitado a uma parede sugestionada, que não nos deixa ver um ao outro.
E essa é mais uma das milhares de ideias que vêm à minha cabeça. Estou em crise. Estou só. Sou só. E tenho certeza que ninguém vai ler isso, ou se ler, poucas entenderão. Está tudo bem. Eu sou só um louco.

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