sexta-feira, 9 de julho de 2010

O baile dos pecadores

Quero encontrar um pecador

que me ensine o que é o pecado

e junto com ele um santo

que me mostre o que tem isso de errado

Porque todas as consequencias desse mundo mal interpretado

é somente o sentimento de estar sempre errado

Sendo que tudo que me é oferecido

Vem de todos os lugares que tenho andado

Todos estão errados, todos temos pecado

Então porque viver pensando

que o paraíso mora ao lado

Sendo que no final, morreremos

não importa o quanto tenhamos nos comportado.

 

Bata em todas as portas

Ache todos as pessoas

Convide todas os amigos

Para o banquete de suas bodas

Não importa quantos anos tenha

já nascemos casados

Com esse sentimento

Que é saber que temos pecado

O pecado é o oposto do que não queremos

Não quero morrer como capuchinho ou santo

porque sei que até o último dia em que viveremos

nunca saberei até onde ou quanto

eu fui um pecador ou um santo.

 

Talvez não sejamos pecadores

no final de tudo

Se o que deixaram para nós foram somente dores

Sem nenhum sentimento substituto

Continuarei pecando o quanto quiser

Minha peça ainda não acabou

viverei enquanto puder

Até saber que nada restou

A todos os pecadores que compartilham meu pecado

Aos merecedores de todo o fardo

Larguem voces todas as suas cargas

encontrem com elas depois das noitadas

nas suas casas com telhados de vidro

e portas mal trancadas

Vistam suas melhores roupas

Hoje é noite de gala

Com todos os convivas pecadores

E sobreviventes de um mundo mal interpretado.

sábado, 3 de julho de 2010

Mudança (parte 1)

Ouço essa palavra o tempo todo. Arrisco a dizer que é a única palavra que eu ouço. Todo o tempo eu vi que uma mudança era necessária em todos os âmbitos da minha vida, desde meus erros até meus acertos esparsos.
Mas começei a pensar uma coisa: porque a mudança se faria necessária em meu caso, sendo que as pessoas que me falam para mudar me conheceram assim? E ainda mais, porque mudar? Perderia eu a minha essência, tornaria-me mais um na multidão de pessoas sem rosto, que lutam o dia inteiro somente para ter um carro do ano, uma esposa linda, um filho saudável e nunca se questionar como se sente por dentro?
Eu me pergunto como me sinto por dentro. Faço isso o tempo todo. Até demais. Sei que isso me machuca muito, mas é necessário para mim. Como posso mudar e parar de me perguntar isso, se sei que, pela minha imperfeição eu vou errar de novo, e vou me deprimir de novo, e começar do zero, perseguindo sonhos comuns às massas, até o dia que eu fechar meus olhos e me deitar em uma caixa para ser guardado como adubo.
Sei que fiz coisas erradas no passado, e por isso peço desculpas, não pelos outros serem culpados, mas por eu não ter visto na época o que eu vejo hoje em dia. Peço desculpas aos meus amigos, quando queriam conversar, e eu não tinha tempo para eles. Peço desculpas à minha mãe, que tanto tentou me alertar o tempo todo, das coisas que estavam por vir, e eu não prestei atenção. Peço desculpas aos meus irmãos que queriam me dar conselhos quando eu estava preocupado demais comigo mesmo. Desculpas às minhas ex-namoradas, quando diziam que eu precisava mesmo crescer e passar por muita coisa sozinho, enquanto eu achava que tinha conhecimento o suficiente para tudo. Minhas ex-esposas, pela carga de tristeza e decepção que eu trouxe quando pensava que estava crescendo em algumas coisas, mas permanecia parado em algum lugar, enquanto a vida simplesmente acontecia. Meus relacionamentos depois dos meus fracassos, que sempre queriam uma companhia estável, ao invés daquela pessoa que se perguntava o tempo todo como alguém poderia me achar imperfeito.
Acho que isso tira de mim toda a parcela de culpa que eu sentia esse tempo todo. Se alguém conhecido vai ler isso, eu não sei. Talvez leia e nunca me fale, ou talvez leia e ache que é tarde demais. Mas não tem problema. Só o fato de eu ter admitido isso já está bom, não é?
Abandono minhas máscaras agora. Esse é o primeiro passo.

Bem vindo a todos

Bem vindo a todos. Pegue uma cerveja, ou você prefere vodka? Tem rum também, conhaque...
Sabe de uma coisa, pegue você mesmo, fique à vontade. Curta o show, ele é único. Certifique-se de que tenha desligado o celular, porque isso aqui não tem hora e nem dia para acabar.
ENJOY...

Influências

  • Aerosmith
  • Blackmore's Night
  • Devil Driver
  • Impellitteri
  • Led Zeppelin
  • Lost Weekend
  • Motorhead
  • Pain
  • Rainbow
  • Yngwie Malmsteen